As preparações para as eleições do próximo ano estão em andamento em todo o estado, com intensas movimentações políticas. Em Florianópolis, o prefeito Topázio Neto (PSD) é considerado o favorito para conquistar a reeleição, e seu grupo tem se empenhado em construir uma coalizão sólida para evitar contratempos. O favoritismo de Topázio se deve ao fato de ele já estar no comando do município, o que lhe confere autonomia para conduzir sua campanha de forma estratégica. No entanto, até o momento, poucas alternativas surgiram como oponentes viáveis ao seu projeto, com exceção da esquerda, o que será discutido posteriormente.
No atual cenário, a situação enfrenta poucas dificuldades para formar um projeto eleitoral consistente. O partido União Brasil já está ao lado de Topázio e há diálogos em andamento com outras legendas que, seja por alinhamento político ou por falta de outras opções, tendem a se aproximar do prefeito. Um exemplo é o PL, que aguarda a definição de seu comando na capital e poderá contar com o apoio do deputado federal Daniel Freitas. Os membros do partido demonstraram interesse em filiar-se a Topázio, mas foram informados de que ele não deixará o PSD. Uma alternativa seria indicar a vereadora Maryanne Mattos como vice-prefeita, em troca do apoio do governador Jorginho Mello (PL).
Outra legenda que sinaliza uma possível aliança com o atual prefeito é o Progressistas. A ex-deputada Ângela Amin deixou claro que está disposta a participar de um projeto conjunto com Topázio, inclusive como vice-prefeita. No entanto, o partido também conta com o ex-vereador Pedro Silvestre, conhecido como Pedrão, que busca espaço para ser o candidato a prefeito, mas ainda não obteve sucesso. Essa situação tem gerado insatisfação entre os membros do partido na bancada estadual, que defendem uma candidatura própria na capital. O deputado Pepê Collaço, por exemplo, teme que Pedrão migre para outra legenda se não lhe for dada a oportunidade de disputar a prefeitura.
Enquanto isso, o MDB aguarda a decisão do ex-senador Dário Berger, que está sendo persuadido a concorrer em São José, embora nenhum cenário possa ser descartado. O caminho mais provável é uma aliança com o PSD de Topázio, o que também pode ocorrer com o Republicanos, Podemos e PSDB.
Até o momento, o único partido a lançar um nome de oposição é o PSOL, que tem como objetivo ter o deputado estadual Marcos Abreu, conhecido como Marquito, como candidato à prefeitura. Se conseguir unir as forças da esquerda, a legenda chegará forte ao pleito.